A semana que passou e se encerrou no clássico entre São Paulo e Corinthians foi marcada por diversas violências.
A primeira veio da diretoria do São Paulo, que deixando de lado o diálogo, reservou apenas 10% do Morumbi para a torcida corinthiana. O ato tinha amparo legal, entretanto, a forma arrogante com que foi conduzida a decisão, causou o primeiro atrito com a diretoria rival.
Os poucos ingressos liberdaos demoraram para sair do Morumbi e chegar ao Parque São Jorge. Foi a segunda violência; cerca de 300 torcedores que aguardavam na fila para adquirir as entradas foram avisados que a venda se iniciaria menos de 60 horas antes da partida.
A terceira violência foi o preço dos ingressos. Fora a parcela reservada às organizadas, o torcedor "comum" teve que desembolsar 90 reais para presenciar o duelo.
A quarta violência veio dentro de campo, entre os jogadores. Socos, truculência e jogadas maldosas, eram intercaladas entre gestos e xingamentos entre atletas e árbitro (9 cartões amarelos e 3 vermelhos). Descontrole reflexo do clima criado nos dias antes do jogo.
O quinto ato violento foi o despreparo da polícia em lidar com multidão. Uma incompetência que desencadou a violência inata das organizadas, resultando em muita confusão, enfrentamento entre torcida e polícia e 40 pessoas feridas.
A sexta violência foi a ausência da Federação Paulista no controle de todos os itens anteriores.
Fins de semana como este escancaram a frágil organização do futebol brasileiro. Um país que se propôs a organizar a Copa do Mundo de 2014 e é incapaz de realizar um clássico numa tarde de domingo.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
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