Essa não é mais a questão.
Shakespeare saiu quicando pela lateral.
A querela agora é outra, e corre todo o Brasil, de copo em copo, de caçapa em caçapa:
Pontos corridos ou mata-mata?
E a dúvida não é despropositada, pois se o primeiro é Sophia Loren, o segundo é Brigitte Bardot.
Cada um tem seu charme, seus argumentos incontestes.
Uns dirão com o riso da sabedoria: “O pontos corridos é mais justo. Privilegia o planejamento, o mais bem preparado. Dilui erros de arbitragem, dificilmente o apito decide o campeonato. Preenche a temporada dos clubes por igual, facilitando acordos comercias. E além do mais, ganha quem somar mais pontos. Reclamar de quê?”
Outros concluirão, com o dedo em riste: “Pois o mata-mata é muito mais emoção. Confronta as melhores equipes num funil imprevisível. Registra grandes jogos na memória. Cria rivalidades. Permite a recuperação, pois o oitavo colocado pode ser campeão. Favorece o time de “chegada”. E o campeão só aparece no último apito da temporada. Reclamar de quê?”
As duas defensorias têm razões legítimas, o que torna qualquer sentença arriscada.
Decisão adiada.
Ao menos, o Campeonato Brasileiro 2009 esvaziou a contenda por um gole, afinal, foi um belo Sophia Bardot.
Nenhum comentário:
Postar um comentário