Nesta manhã dominical, São José recebeu o Paulistano para o jogo 3 da série final do Campeonato Paulista.
A mesa armada com troféus e medalhas denunciava o caráter derradeiro do encontro. Claro, sem a ousadia de prever um São José campeão; mas amparada pela possibilidade de a equipe, que já vencera as duas primeiras partidas, também conquistar a terceira.
O ginásio Lineu de Moura, mais uma vez se viu repleto.
A equipe visitante contava com 19 torcedores. A da casa, com quantos coubessem nas arquibancadas e nos 28 anos de espera da cidade por mais um título estadual no basquete.
E não era só de torcedores que o ginásio se recheava. Além das figuras políticas da cidade e da Federação Paulista de Basquete, o novo técnico da Seleção Brasileira, Rubén Magnano, esteve presente.
E a torcida não perdeu a chance de evocar, ao argentino, o nome de Fúlvio à “amarelinha”.
Enquanto os atletas, devidamente uniformizados e perfilados, recebiam a unção patriótica do Hino Nacional Brasileiro, triste era ver Renato, fundamental em toda a campanha joseense, sentado do lado de fora; expectador do próprio triunfo.
Jogo - Às 10 horas em ponto, bola ao alto, posse para o Paulistano e cesta de Baby. Em 15 segundos, a realidade estava estampada no placar.
Com um minuto e meio de basquete, 6 a 0 visitante.
O Paulistano jogava leve, isento de pressão, mesmo precisando da vitória.
Foi quando São José engoliu toda sua ansiedade e, enfim, mergulhou na partida.
Sete pontos seguidos colocaram o anfitrião à frente. Mas outros 10 do rival, o fez disparar no placar.
Este foi o enredo de quase toda a contenda. São José pecava nas bolas importantes, que dão combustível ao bom momento.
Graças a uma suntuosa jogada de três pontos de Matheus, antes de o cronômetro zerar, o primeiro quarto terminou em 20 a 19 para o Paulistano.
E o mesmo atleta colocou São José em vantagem logo no início do segundo quarto, ao arremessar outra bola de longa distância.
No entanto, novamente, a equipe abandonou a boa ocasião e permitiu ao Paulistano abrir 6 tentos.
Mudo e Fabrício escalaram o placar mais uma vez ao São José, que empatou o jogo em 34 pontos, a dois minutos do intervalo.
E Wanderson virou o duelo para a casa em bela cesta de três.
Pois o Paulistano devolveu o arremesso sílaba por sílaba, evitando, outra vez, o crescimento joseense.
No terceiro quarto, 41 a 39 para a equipe paulistana e saída de bola ao Vale do Paraíba.
Então, Paulo acerta de três, e, nas já incontáveis vezes, a equipe não embala e permite ao visitante abrir 11 pontos.
O time de Régis Marreli era confuso nos ataques, lento nas transições e vacilante nos arremessos.
A vantagem conquistada pelo Paulistano cobrava caro sua diminuição; e o quarto derradeiro, teve início com 59 a 51 para o selecionado vermelho.
Apesar da coletividade afetada, São José registrava bons desempenhos individuais, principalmente com Matheus, 14 pontos e 5 assistências na partida, Fabrício, 18 pontos e 9 rebotes, e Fúlvio, 11 assistências.
A virada - Restavam os últimos 10 minutos para a redenção do time.
Que veio, mas a gotas.
A equipe reduziu a diferença do placar a cinco pontos;
A três;
E a um.
Mas, passar à frente, custou o sofrimento do torcedor.
A virada veio apenas a um minuto e meio do término do confronto, com uma bola roubada e convertida em bandeja por Matheus.
A esta altura, São José jogava bem.
O Paulistano ainda adotou a dianteira pela última vez, mas Fúlvio acertou da linha dos três e reassumiu a ponta para não mais soltar.
Campeão - No lance seguinte, Fabrício furtou a bola para Mineiro cravar. E enterrar de vez a oscilação de toda a partida, o fôlego paulistano e quase trinta anos de fila.
A 29 segundos do fim, o ginásio espalhava o grito de campeão por toda São José dos Campos.
E antes de o cronômetro zerar, a quadra já estava invadida pela euforia do título.
Placar final: São José 80 x 75 Paulistano.
Parabéns Régis Marreli, Ubiratan, Fúlvio, Matheus, Nilo, Wanderson, Renato, Edvar Simões, Zé Geraldo, Mineiro, Mudo, Carioquinha, Fabrício e tantos outros campeões.
Hoje, 24 de janeiro de 2010, São José resgata o passado e ratifica que as últimas 28 temporadas foram mero equívoco na tradicional história de seu basquete.
domingo, 24 de janeiro de 2010
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Um comentário:
quero ver o Cury fazer o ginásio novo!
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