Neste terceiro dia da semana, o Milan abriu a Itália e o San Siro para receber o futebol “certinho” do Manchester United, pelas oitavas-de-final da Champions League.Entra temporada, sai temporada, e o campeão inglês joga bola com a implacabilidade de um relógio.
No entanto, por vezes, surge o contratempo.
E logo aos 3 minutos de jogo, o fuso-horário Ronaldinho Gaúcho confundiu os ponteiros visitantes e abriu o placar e a boca da torcida.
O time de Ferguson demorou 30 minutos para recuperar o tempo perdido, quando Scholes errou o chute com a perna direita, e a esquerda livrou o atleta da gozação, e por conta própria, achou as redes de Dida.
Se fosse de Ronaldinho, veria a pura molecagem da reverência de um folião distante da Sapucaí. Mas vindo de Scholes, acredito apenas na linha torta que escreve certo.
O equilíbrio perdurou até os 20 minutos do segundo tempo, pois Rooney, que havia testado Dida em duas recentes oportunidades, testou de cabeça e encontrou a virada.
Incrível. Não há jogo fora de casa para o relógio do United.
Que cresceu no jogo e apequenou o anfitrião.
Aos 29’, Fletcher colocou a bola na cabeça de Rooney, que marcou seu segundo tento na partida, sozinho na pequena área, para desespero de Dida.
3 a 1.
Nem sempre, um jogador vale por três. O Milan sofre; sofre porque não é só de Ronaldinho, mas de Bonera, de Favali, de Beckham, de Ambrosini, de nada.
Quando a arquibancada perdia torcedores, Ronaldinho surpreendeu seus marcadores, antecipando a hora do cruzamento. Seedorf, de letra, desenhou as 3 em ponto com as pernas e diminuiu o prejuízo.
Mais que isso, devolveu o Milan à partida e à competição.
No minuto seguinte, o brasileiro olhou para a arquibancada e lançou Inzaghi do lado contrário, na cara do gol. Mas o italiano não pinta com o mesmo pincel do craque.
O rubro-negro teve outras duas chances claras de empate, que apenas entraram nas estatísticas de tiro ao alvo.
Antes do apito final, Carrick recebeu a carta vermelha e se excluiu da partida de volta.
Uma boa notícia ao Milan, que terá a chance de jogar mais, para derrotar o superior esquadrão inglês.
O Manchester United jogou o de costume, e o costumeiro foi suficiente para levar à Old Trafford a direito do empate e da derrota por um gol de diferença: uma vantagem com a pontualidade inglesa.
Foto: gazzetta.it
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