O Barcelona recebeu o Chelsea, no Camp Nou, para o primeiro jogo semifinal pela Copa dos Campeões da UEFA.Enquanto a equipe da Catalunha apresenta o futebol mais vistoso da Europa, com o melhor ataque do continente, os ingleses seguem em ascensão, ganhando entrosamento desde a saída do técnico Luís Felipe Scolari.
Amparado por Messi, Eto’o e Henry, em menos de dois minutos, o time da casa já estava na área adversária.
Bastou o susto para o Chelsea recuar e manter apenas Drogba adiante do círculo central.
O Barça trocava passes de primeira, em um futebol de primeira, mas que não fazia a bola entrar ao gol.
Em 65%, dos 17' jogados, a bola rolava em chuteiras espanholas que passavam com uma precisão impressionante. Os 85% de passes certos faziam a bola desfilar com facilidade entre os jogadores de azul-grená.
Quem pensava que o Chelsea jogaria mais preocupado em não tomar gols, acertou.
Mas como contra-atacar colocando 11 jogadores atrás da linha da bola? A esta altura, nem Drogba ousava atravessar a outra metade do gramado.
Sem velocidade na recuperação de posse de bola, restava ao Chelsea aproveitar um erro do Barça. Aos 38’, bola mal recuada para Valdes; Drogba é mais esperto, alcança a pelota antes de o goleiro, mas falta-lhe técnica na finalização.
Foi a melhor chance londrina contra um Barcelona competente, insistente e agressivo, mas que não saiu do zero no primeiro tempo.
Na etapa complementar o Chelsea continuou recuado; em demasia. Os jogadores do Barça passaram a rondar a área do goleiro Cech como tubarões famintos.
Nadavam de um lado a outro, trocavam posições, chegavam à linha de fundo, recuavam à intermediária, entravam na área, mas não concluíam com precisão.
A retranca inglesa era boa, mas uma boa defesa não pode ser melhor que um bom ataque, pelo simples fato de que o primeiro é, ao máximo, eficiente, enquanto o outro pode ser surpreendente, genial, indecifrável.
Foi num lance desses que Eto’o, aos 69’, derrubou Alex no chão com um drible seco e bateu para Cech espalmar: a defesa vencia o drible.
O Chelsea não conseguiu evitar o futebol; mas evitou o gol. Cumpriu sua missão de carregar o empate para Satmford Bridge.
Os Azuis, que possuíam duas oportunidades para construirem uma vitória sobre o Barcelona, desperdiçaram a primeira.
Em Londres, terão que sair da toca e enfrentar a força do time espanhol. Guus Riddink apenas adiou o inevitável.
E na semana que vem, com mais espaço para atuar, o futebol do Barça poderá se vingar da retranca inglesa.
Foto: guardian.co.uk
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