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terça-feira, 14 de abril de 2009

Champions League - Quartas-de-Final - Parte II


Allianz Arena e Stamford Bridge foram palcos para os dois primeiros jogos de volta das quartas-de-final da Champions League.

Na Alemanha, o Bayern recebia o Barcelona, com um discurso derrotista. O 4 a 0 na Espanha goleou a auto-estima do time de Munique.

Na Inglaterra, Chelsea e Liverpool preparavam um duelo caseiro. Com a vantagem, o time azul, que havia feito 3 a 1 no jogo de ida. Situação difícil para os Reds. Teria o Liverpool, força para mudar a história?

Nada aconteceu nos primeiros dez minutos em Londres. Torres foi o primeiro a tentar o gol; ficou na tentativa. Em seguida, Lampard experimentou chute em cobrança de falta; ficou na experiência.

Apesar de entrarem para a turma do “já perdi”, o Bayern começou o jogo incisivo, colocando a sorte na ponta da chuteira.

Aos 18’, o lateral do Liverpool Fábio Aurélio enganou Peter Cech em cobrança de falta e abriu o placar. Ao invés de cruzar na área, o brasileiro bateu direto para o gol. 1 a 0 visitantes.

Como o placar ainda favorecia o Chelsea, o time da casa recuou e deu 63% de posse de bola par ao adversário.

Quem não faz, ...

Pois é. Aos 27’, pênalti de Ivanovic, o herói do primeiro jogo. Xabi Alonso bateu e fez. 2 a 0.
Liverpool tinha motivos para acreditar no improváveç. Estava a um gol da semi.

Só então, o Chelsea decidiu sair da concha. O time começara a partida no mesmo ritmo do Barça, em Munique. A diferença é que o Chelsea é inferior ao time Catalão e o Liverpool é superior ao alemão; além do mais, 3 a 1 não traz o mesmo conforto que 4 a 0.

4 a 0, aliás, que não mudava no Allianz Arena.

Aos 45’, confusão na área de Cech e quase o Liverpool ampliou.

Fim de primeiro tempo nos dois estádios.

A partida recomeçou, e Zé Roberto enfiou bola precisa para Ribery abrir o placar com categoria. A esta altura, valia mais a partida em si, do que a vaga para a fase seguinte.

Com uma postura mais condizente com a situação, a equipe de Guus Riddink conseguiu diminuir a diferença e respirar aliviada. Anelka, que entrara no lugar de Kalou, cruzou para Drogba dar um leve desvio para o gol.

Por essa, o Liverpool não esperava.
Embalado pela torcida, o Chelsea pressionava.

Falta na entrada da área. Alex se prepara para bater, e fuzila a bola de empate no gol de Reina.

Por essa outra, o Liverpool não acreditava.

A equipe demorou 10 minutos para se recompor dos golpes.

Mas “a lona foi a nocaute outra vez”. Xabi saiu errado, Ballack roubou, ligou Drogba, que tocou para Lampard emendar no gol. Virada azul.

Dois minutos depois, aos 27’, Barcelona empatou na Alemanha. Boa troca de passes dos avantes e Keita finalizou da meia-lua. Butt não pôde evitar o gol.

Para muitos, o 2 a 2 em Stamford Bridge colocava fim à partida. Sendo assim, Lucas bateu de fora da área, a bola desviou em Essien, e ninguém se importou.

Na jogada seguinte, Kuyt recebeu cruzamento de Riera na pequena área e colocou a bola de cabeça no gol. Virada vermelha, 4 a 3
.

Faltavam 8 minutos regulamentares e 1 gol para o Liverpool fazer o impossível.

A equipe foi para o tudo ou nada; plantou a apreensão na torcida da casa e alimentou com garra a raiz da esperança em seus seguidores.

Mas aos 43’, Lampard podou as pretensões do Liverpool. O meia empatou novamente a partida, 4 a 4.

E o árbitro pôs fim ao espetáculo. Encerrou um confronto épico, incapaz de fazer torcedores descontentes e que merece aplausos de todos aqueles que apreciam o esporte.


Partida histórica, com imortal espírito esportivo, que superou a simples disputa por uma vaga na próxima fase. Inesquecível.

Na Alemanha, cumpriu-se a tabela.

Barcelona e Chelsea fazem a semi.
Foto: uefa.com

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