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domingo, 26 de abril de 2009

Ronaldo marca 2 e põe a mão na taça

Wagner Mancini e seus comandados seguiram à risca a cartilha do futebol para o primeiro jogo da final contra o Corinthians.

1 - O técnico poupou alguns titulares no jogo de meio de semana
2 - Os atletas garantiram previamente uma marcação ferrenha em Ronaldo, na Vila Belmiro
3- O plantel escalado para a partida era ofensivo, três atacantes, como um anfitrião precisa ser.

Mas se o futebol não é matemático, dependendo do resultado, pode desnublar uma equação lógica.

No meio de semana, o time misto do Santos não conseguiu bater o CSA de Alagoas e se despediu da Copa do Brasil, principal torneio disputado pelo clube no primeiro semestre.

A desconfiança desceu a Imigrantes e se alojou na Vila.

Na primeira partida final do Paulista, o Peixe realmente foi ofensivo, mas mesmo tempo ineficiente; consciente, e da mesma maneira inofensivo.

Quando Kléber Pereira e Cia não falhavam nas finalizações, era Felipe que, inspirado e em alto nível técnico, desconstruía os ataques adversários.

O último X, ou melhor R da questão, era a marcação em Ronaldo. A zaga santista prometeu olhos atentos no atacante.

Mas contra o artilheiro, esta não é a tática mais inteligente.

Se fosse, Ronaldo não seria o maior artilheiro de todas as Copas do Mundo e não teria sido eleito por três vezes o melhor do mundo.

Não adianta apenas marcar o Fenômeno. Livrar-se de zagueiros, é o que melhor ele faz.

O único antídoto é evitar que a bola chegue aos seus pés.

Fato que o Santos não fez na partida de hoje.

Estas três variáveis resultaram na seguinte situação:

Depois de sair na frente, aos 10’ com gol de Chicão de falta, o relógio passou a correr a favor da equipe da capital.

O Santos tentava o empate, mas, como fora explicado, a bola, inexplicavelmente, teimava em não entrar.

A equipe fazia tudo certo, mas na hora de colocar a bola no gol,...

...cadê o artilheiro ?

Estava vestindo a outra camisa. O Corinthians se defendia e confiava em seu centroavante.

Quando Chicão despachou uma bola que tentava entrar no território corintiano, Ronaldo acompanhou a viagem e preparou um pouso confortável.

A bola aterrizou em seu pé sem reclamar e rolou diante da perna esquerda do artilheiro que, sem dó, a rejeitou para dentro do gol.

Corinthians 2 a 0.

No segundo tempo, a equipe de Mano voltou recuada. Jorge Henrique, que compõe o sistema defensivo e ofensivo, precisou sair e, entre um atleta que atacasse ou outro que defendesse, o técnico preferiu a segunda opção.

A pressão santista aumentou e válvula de escape do Corinthians era Ronaldo.

Quando o time da casa finalmente descontou, a válvula foi acionada.

Em contra-ataque, Elias tocou para Ronaldo. O camisa nove cortou o zagueiro com o calcanhar e ajeitou a bola para a chuteira esquerda. Sem poder correr, passar ou driblar, Ronaldo tocou a bola por cima da zaga e de Fábio Costa.

Golaço.

Gol de Pelé?

Gol de Ronaldo, que em alguns momentos consegue ser maior que o Rei.

3 a 1. Placar dilatado para uma equipe que jogava pelo empate.

No Pacaembu, domingo próximo, o Santos terá que descansar, se reerguer, ser ofensivo, barrar Ronaldo e fazer 3 gols de diferença.

Resolverá, o Peixe, a equação?


Foto: gazzetta.it

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