Wagner Mancini e seus comandados seguiram à risca a cartilha do futebol para o primeiro jogo da final contra o Corinthians.1 - O técnico poupou alguns titulares no jogo de meio de semana
2 - Os atletas garantiram previamente uma marcação ferrenha em Ronaldo, na Vila Belmiro
3- O plantel escalado para a partida era ofensivo, três atacantes, como um anfitrião precisa ser.
Mas se o futebol não é matemático, dependendo do resultado, pode desnublar uma equação lógica.
No meio de semana, o time misto do Santos não conseguiu bater o CSA de Alagoas e se despediu da Copa do Brasil, principal torneio disputado pelo clube no primeiro semestre.
A desconfiança desceu a Imigrantes e se alojou na Vila.
Na primeira partida final do Paulista, o Peixe realmente foi ofensivo, mas mesmo tempo ineficiente; consciente, e da mesma maneira inofensivo.
Quando Kléber Pereira e Cia não falhavam nas finalizações, era Felipe que, inspirado e em alto nível técnico, desconstruía os ataques adversários.
O último X, ou melhor R da questão, era a marcação em Ronaldo. A zaga santista prometeu olhos atentos no atacante.
Mas contra o artilheiro, esta não é a tática mais inteligente.
Se fosse, Ronaldo não seria o maior artilheiro de todas as Copas do Mundo e não teria sido eleito por três vezes o melhor do mundo.
Não adianta apenas marcar o Fenômeno. Livrar-se de zagueiros, é o que melhor ele faz.
O único antídoto é evitar que a bola chegue aos seus pés.
Fato que o Santos não fez na partida de hoje.
Estas três variáveis resultaram na seguinte situação:
Depois de sair na frente, aos 10’ com gol de Chicão de falta, o relógio passou a correr a favor da equipe da capital.
O Santos tentava o empate, mas, como fora explicado, a bola, inexplicavelmente, teimava em não entrar.
A equipe fazia tudo certo, mas na hora de colocar a bola no gol,...
...cadê o artilheiro ?
Estava vestindo a outra camisa. O Corinthians se defendia e confiava em seu centroavante.
Quando Chicão despachou uma bola que tentava entrar no território corintiano, Ronaldo acompanhou a viagem e preparou um pouso confortável.
A bola aterrizou em seu pé sem reclamar e rolou diante da perna esquerda do artilheiro que, sem dó, a rejeitou para dentro do gol.
Corinthians 2 a 0.
No segundo tempo, a equipe de Mano voltou recuada. Jorge Henrique, que compõe o sistema defensivo e ofensivo, precisou sair e, entre um atleta que atacasse ou outro que defendesse, o técnico preferiu a segunda opção.
A pressão santista aumentou e válvula de escape do Corinthians era Ronaldo.
Quando o time da casa finalmente descontou, a válvula foi acionada.
Em contra-ataque, Elias tocou para Ronaldo. O camisa nove cortou o zagueiro com o calcanhar e ajeitou a bola para a chuteira esquerda. Sem poder correr, passar ou driblar, Ronaldo tocou a bola por cima da zaga e de Fábio Costa.
Golaço.
Gol de Pelé?
Gol de Ronaldo, que em alguns momentos consegue ser maior que o Rei.
3 a 1. Placar dilatado para uma equipe que jogava pelo empate.
No Pacaembu, domingo próximo, o Santos terá que descansar, se reerguer, ser ofensivo, barrar Ronaldo e fazer 3 gols de diferença.
Resolverá, o Peixe, a equação?
Foto: gazzetta.it
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