Após maciça repercussão do confronto nos últimos dias, com debates, entrevistas, histórias e vasto material editorial, finalmente Argentina e Brasil entraram em campo.O estádio em Rosário comportava um país.
No banco, Maradona, a encarnação da pátria.
Do outro lado, o eterno amor e rival Brasil.
Que por sinal deu o toque inicial.
Inicial e ao pé da letra, pois com 15 segundos de jogo a bola já estava com os argentinos. E aos 40, tentava invadir a meta de Júlio César.
A pressão era esperada; por isso, o time de Dunga acalmava o jogo, rodava a bola, sem se preocupar com o ataque. Aliás, a tônica da partida.
Se o início da partida foi de Messi e Verón, deixou de ser aos 23’, quando Elano cobrou falta frontal e achou Luisão livre para cabecear o 1 a 0.
Era a primeira nota de um dos tangos mais tristes de Rosário.
Seis minutos de ataque Celeste e nova cobrança de falta para o Brasil.
Elano novamente na cobrança; a bola espirra para Kaká na esquerda, o brasileiro tenta o chute, ela sobra para Maicon, que bate, rebate no goleiro e sobra para Luís Fabiano.
Um 2 a 0 impensável.
O Brasil não jogava para isso, mas tinha maturidade para tanto.
A torcida local se aquietou, e a equipe em campo continuava a buscar o tento. Claro, com a ansiedade transformada em nervosismo.
A Argentina rondava a área brasileira, marcava muito bem a saída de bola verde e amarela, mas era insuficiente no arremate.
No primeiro tempo nota 10 do Brasil, o time foi zero em bola rolando.
Na etapa final, como não poderia deixar de ser, a Argentina avançou.
O Brasil se manteve firme na marcação, dono da área.
E assim, restou o tiro de longa distância. Aos 19’, do meio da rua, Dátolo mandou um petardo indefensável.
O gol acordou a torcida e anunciou que a partida pegaria fogo.
Ou não. Dois minutos depois, o Brasil tratou de colocar panos frios.
Em contra-ataque, Robinho ligou Kaká, o melhor em campo, que carregou a bola e, da intermediária, deu um passe indescritível para Luis Fabiano.
O centroavante, para manter o nível da assistência, encobriu a saída do goleiro.
3 a 1.
Samba em Rosário.
Samba garantido na Copa do Mundo de 2010.
O Brasil não jogou bem, jogou certo, em todos os setores.
Uma noite única, quando Dunga foi mais que Maradona.
Foto: terra.com.br
Um comentário:
MUITO BOM ESTE SITE, É DIRETO E RETO, NÃO FICA ENROLANDO A INFORMAÇÃO.PARABENS
RONALDO / SJCAMPOS-SP
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