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sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Futebol de papel

Minutos antes de começar o Brasileirão, na preleção nacional, alguns clubes já vestiam a braçadeira de favorito.

Amparadas pelos Estaduais, Copa do Brasil e Libertadores, entre paixão e constatação, vozes cuspiam amendoins e pitacos.

Cruzeiro, Internacional e Corinthians constavam em todas as listas.

Mais abaixo, surgiam Palmeiras e Flamengo.

No rodapé, São Paulo.

Os três primeiros foram campeões estaduais, assim como o Flamengo, e finalistas das duas maiores competições do primeiro semestre.

Não à toa, consideradas as melhores equipes de 2009.

Hoje, pangarés, não cumprem o papel esperado.


O Cruzeiro come grama à beira do rebaixamento.

O Corinthians pasta em um futebol seco, queimado pelo “business” do clube.

O Internacional ainda trota no campeonato, mas incomodado com o peso da ferradura centenária.

Puro sangue mesmo, por enquanto, só o São Paulo.

Colocado na lista dos candidatos ao caneco graças ao tricampeonato, o time do Morumbi começa a fazer valer sua tradição em pontos corridos e fareja o pelotão da frente.

Pelotão liderado pelo Palmeiras, o mais ansioso pelo título que não vem desde 1994.

A ansiedade não é infundada, pois foi das equipes brasileiras que mais investiu em futebol nos últimos semestres, menos perdeu jogadores para o mercado exterior e que parece estar madura para a conquista.

O Flamengo, também ansioso, é patologia à parte.

Bastam três vitórias para se colocar dentre os postulantes.

Basta um dedo da diretoria, e a esperança vira frustração.

Desde o último título, em 1992, vêem-se cantos, Maracanã lotado, promessas e o Mengo à margem da conquista.

Este ano cheira repeteco. O papelão de sempre.

Em nenhuma lista de favoritos constavam Goiás e Atlético-MG.

A dois passos do final do primeiro turno, as equipes preenchem a segunda e terceira colocação da tabela.

Se renegarem as baias reservadas aos cavalos paraguaios, farão bolinhas de papel com os prognósticos.

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