Minutos antes de começar o Brasileirão, na preleção nacional, alguns clubes já vestiam a braçadeira de favorito.Amparadas pelos Estaduais, Copa do Brasil e Libertadores, entre paixão e constatação, vozes cuspiam amendoins e pitacos.
Cruzeiro, Internacional e Corinthians constavam em todas as listas.
Mais abaixo, surgiam Palmeiras e Flamengo.
No rodapé, São Paulo.
Os três primeiros foram campeões estaduais, assim como o Flamengo, e finalistas das duas maiores competições do primeiro semestre.
Não à toa, consideradas as melhores equipes de 2009.
Hoje, pangarés, não cumprem o papel esperado.
O Cruzeiro come grama à beira do rebaixamento.
O Corinthians pasta em um futebol seco, queimado pelo “business” do clube.
O Internacional ainda trota no campeonato, mas incomodado com o peso da ferradura centenária.
Puro sangue mesmo, por enquanto, só o São Paulo.
Colocado na lista dos candidatos ao caneco graças ao tricampeonato, o time do Morumbi começa a fazer valer sua tradição em pontos corridos e fareja o pelotão da frente.
Pelotão liderado pelo Palmeiras, o mais ansioso pelo título que não vem desde 1994.
A ansiedade não é infundada, pois foi das equipes brasileiras que mais investiu em futebol nos últimos semestres, menos perdeu jogadores para o mercado exterior e que parece estar madura para a conquista.
O Flamengo, também ansioso, é patologia à parte.
Bastam três vitórias para se colocar dentre os postulantes.
Basta um dedo da diretoria, e a esperança vira frustração.
Desde o último título, em 1992, vêem-se cantos, Maracanã lotado, promessas e o Mengo à margem da conquista.
Este ano cheira repeteco. O papelão de sempre.
Em nenhuma lista de favoritos constavam Goiás e Atlético-MG.
A dois passos do final do primeiro turno, as equipes preenchem a segunda e terceira colocação da tabela.
Se renegarem as baias reservadas aos cavalos paraguaios, farão bolinhas de papel com os prognósticos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário