
Londres recebeu a partida de volta entre Arsenal e Manchester United pela semifinal da UEFA Champions League.
O jogo de ida, disputado no Old Trafford, fora vencido pelo Manchester por 1 a 0.
O Arsenal, apoiado por sua torcida, precisava abrir dois gols de vantagem no Emirates Stadium.
E o time da casa começou melhor, como um anfitrião, que corre atrás do placar, deve iniciar.
Mas aos 7’, Cristiano Ronaldo cruza a bola para dentro da área, o novato Gibbs derrapa em sua inexperiência e o sul-coreano Park aproveita para abrir o placar. Manchester na frente.
Como não poderia ser diferente, o gol calou a torcida local, que ainda se acomodava nas cadeiras.
O bom Arsenal precisaria ser espetacular e marcar três gols.
A equipe de Arsene Wenger tentava digerir o golpe, quando foi levada ao nocaute.
Três minutos depois do primeiro gol, Cristiano Ronaldo cobrou falta com um chute forte, direto para o gol; Almunia não conseguiu alterar o destino da bola.
Contagem aberta ao Arsenal. Contagem que duraria mais 80 minutos.
O time levantou, sacudiu a poeira, mas não conseguia dar a volta por cima; o Manchester, irresistível no ataque, era impecável na defesa.
Mesmo com o United não fazendo uma partida vistosa, inclusive com menor posse de bola, o Arsenal parecia carregar nas chuteiras o sofrimento de cada torcedor que comparecia ao Emirates. O futebol praticado era lento, arrastado, deprimido.
Na volta do intervalo, diferentemente do Arsenal, o Manchester tocava bem a bola, o que ilustrava o estado emocional das duas equipes.
O United estava à vontade em campo, defendendo como visitante, atacando como anfitrião.
Aos 15 minutos, contra-ataque fatal puxado por Cristiano Ronaldo. Em menos de 10 segundos, a bola saiu do campo de defesa do Manchester, chegou a Park, que a esticou na esquerda para Rooney. O camisa 10 inverteu a jogada na direita para o português, que na corrida, estufou a rede novamente.
Foi o golpe que o Arsenal não precisava tomar. A torcida esboçou debandada, e muitos não viram o árbitro assinalar pênalti de Fletcher em Fabregas, aos 29’.
Van Persie bateu forte, no ângulo esquerdo de seu compatriota Van der Saar. 3 a 1.
Tarde demais. O tic-tac do relógio anunciava que não havia mais tempo para quatro gols.
O Arsenal, que não sofria derrotas em seu estádio na Champions League, desde 2004, perdia a invencibilidade.
O Manchester, atual campeão e invicto na competição, carimbava o passaporte para Roma, local da grande final.
Foto: guardian.co.uk
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