A Ilha do Retiro foi residência da quarta partida entre Sport e Palmeiras no ano.A última casa, já que uma das equipes seria despejada da Libertadores da América ao término da partida.
Nos confrontos, melhor para os paulistas; dos três jogos anteriores, o Palmeiras havia vencido dois e empatado um.
O alviverde pousou em Recife com a vantagem de ter ganho o primeiro jogo em casa; poderia empatar e perder por um gol de diferença, desde que mexesse ao menos, uma vez no placar.
A partida começou às 20:15 e a torcida jogava bem. A ala rubro negra de Pernambuco cegava os ouvidos palmeirenses, que não encontravam as orientações de Luxemburgo.
O Sport dançava ao ritmo da torcida e encurralava o adversário no campo defensivo.
Aos 9’, Dutra tocou para Durval, que lançou para Paulo Baier tentar abrir o placar; Marcos deu um golpe na bola, ela quicou no chão e saiu nocauteada pela linha de fundo.
O Palmeiras tentava esfriar o caldeirão e contava com a falta de categoria do Sport no lances decisivos.
No trigésimo minuto, Marcos salvou novamente a pátria. Paulo Baier chutou de dentro da área Verde e o goleiro venceu mais uma vez o camisa 10.
Quando Marcos não defende, a sorte ajuda. Aos 41’, a zaga palmeirense tentou tirar o perigo de dentro da área, mas a bola espirrou para trás e chegou aos pés de Paulo Baier. Pela terceira vez, o atleta desperdiçou.
E a primeira etapa seguiu seu fim, acompanhada por defesas do goleiro paulista.
O segundo tempo seria os últimos 45 minutos para o Sport colocar Pernambuco nas quartas-de-final do Continental. Mesmo tempo para o Palmeiras transformar o tudo ou nada do Sport em nada.
Aos 8’, Marcos recomeçou seus trabalhos. Já o Sport, não mostrava a mesma disposição da etapa anterior.
O Palmeiras até tentou inverter o domínio de bola, mas com a saída de Diego Souza, substituído, a equipe perdeu qualidade no meio campo e os pernambucanos voltaram a crescer.
Aos 36’, Luciano Henrique passou como um rojão pela defesa palmeirense, invadiu o lado esquerdo da área e tocou para Wilson na área menor. O camisa 17 empurrou a bola para dentro e afogou a Ilha de alegria.
O empate deixou a partida ainda mais tensa, e as duas equipes temeram levar o segundo gol, o que, naquele momento, decretaria a eliminação.
Nos acréscimos, a última grande defesa de Marcos, que desviou um chute que ainda tocou a trave.
Fim de jogo.
Não havia mais torcida, tática ou mando de jogo: decisão nos pênaltis.
O primeiro a bater foi Mozart; cobrou no canto esquerdo de Magrão, mas o goleiro estava lá para defender.
Cobrança idêntica fez Luciano Henrique para o Sport. Defesa idêntica fez Marcos para o Palmeiras.
Na sequência, dois chutes convertidos, com Marcão e Igor. Danilo também fez para o Palmeiras, mas Fumagalli imitou os dois primeiros cobradores: defesa Verde.
Armero bateu como um pênalti deve ser batido; alto, no ângulo, indefensável; 3 a 1 para o Palmeiras.
A sorte do Sport estava nos pés de Dutra.
O azar do Sport estava nas mãos de Marcos.
O goleiro partiu para seu último salto, antes da “canonização”.
Hoje, mais uma vez na Libertadores, Marcos veste a capa de São Marcos.
Foto: terra.com.br
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