Pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010, a Seleção Amarelinha visitou a Celeste em um campo tricolor.O gramado do Estádio Centenário era de se envergonhar, diante da grandeza da partida que ali se disputava.
Com o apoio da torcida, o Uruguai começou o jogo mais incisivo, disposto a prolongar os 33 anos sem vitória da seleção brasileira na casa uruguaia.
O Brasil jogava mal, a transição entre ataque e defesa desprezava os homens de meio-campo.
Aos 11’, Daniel Alves desprezou a armação de jogadas e chutou da intermediária. O tiro não foi despretensioso, pois viajou na direção do gol.
Mas a tentativa era mais para testar o goleiro, o campo ruim e o pé do lateral brasileiro.
Apenas o pé passou no teste.
Após o gol, o Uruguai avançou a marcação e pressionou a equipe brasileira. A Celeste tentava de cabeça, por baixo, de fora da área, mas até o final do primeiro tempo, nada de vencer Júlio César.
Na segunda etapa, antes que o Uruguai conseguisse anular a desvantagem, o Brasil ampliou, na primeira troca de passes certa da equipe.
Em contra-ataque, Kaká tocou a bola, paralela à linha da área, para Elano na direita; o ex-santista rolou para Luís Fabiano, dentro da área, chutar forte no gol. 2 a 0 para o Brasil.
Luís Fabiano teve três outras chances de gol, até ser expulso injustamente aos 19’.
Kaká, do Real Madri, fez o seu; de pênalti, para mandar o torcedor de volta para casa mais cedo.
Os que ficaram viram Juan fechar a goleada de cabeça. Na primeira tentativa do zagueiro, o goleiro se redimiu da falha do primeiro gol, mas na segunda, Juan se antecipou e deu números finais.
O Brasil de Dunga é uma equipe que deixa o adversário jogar, conta com uma boa defesa, o melhor goleiro da atualidade e sai para os contra-ataques com a qualidade de seus avantes.
O placar foi injusto pelo que cada equipe produziu. O Brasil não jogou bem, errou muitos passes, não marcou bem no meio-campo e sobrecarregou os zagueiros e o goleiro.
Mas como criticar um grupo que quebra o hiato de 33 anos sem vitória da seleção brasileira no Centenário?
Como reprovar um trabalho capaz de impor a maior goleada já sofrida pela seleção uruguaia diante de sua torcida?
Como desaprovar um técnico que venceu a Copa América e coloca, ao final da partida, o Brasil em primeiro lugar nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010?
Como censurar o futebol com mais gols feitos e menos gols sofridos da América?
Foto: cbf.com.br
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