Corinthians e Inter não jogam bem, mas chegam à final

No Pacaembu gelado, o Corinthians e sua torcida receberam o Vasco da Gama para o segundo jogo da semifinal da Copa do Brasil.

O time de Mano Menezes já entrou classificado e prometendo fazer gols, mas com um zagueiro no lugar de André Santos, na seleção brasileira.

Mano arriscou no discurso, mas em campo, se precaveu. E não errou, pois os ânimos estavam acirrados em campo; Cristian e Carlos Aberto se entranharam desde o início da partida, o que, pelos envolvidos, não é de se estranhar.

As duas equipes se atacavam. O Vasco ficava mais tempo com a bola no pé, enquanto o Corinthians tinha maior velocidade. Ronaldo foi muito acionado, e perdeu boas chances de matar sua saudade do gol.

Mas o Vasco foi o primeiro a gelar a espinha já gelada do corintiano na arquibancada. Aos 23’, Élton cabeçeou escanteio no alto do gol de Felipe. O goleiro saltou e defendeu a bola com a ponta da luva.

Na segunda etapa, os cariocas mantiveram a pressão e os Campeões Paulistas nada fizeram até o minuto 24, quando Dentinho recebeu passe de Douglas dentro da área e chutou, de primeira, para defesa do arqueiro. Na cobrança de escanteio, William quase achou a rede, em cabeçada. Na reposição vascaína, o anfitrião recuperou a bola e Boquita emendou de fora da área, mas a bola escapou pela direita do gol.

Em dois minutos, o Corinthians fez o que não havia feito em toda a partida.

Ronaldo não fez gol, ou seja, não foi bem. Gol perdido, apenas em um lance, quando partiu com a bola dominada, driblou o goleiro, mas esqueceu de chutar em gol. Tempo suficiente para o arqueiro levantar e dar um tapa na bola.

Mas a atuação do camisa nove ficou marcada por outro lance, daqueles que entram para a história do Pacaembu. Sem tocar na bola, o Fenômeno gingou para um lado, fintou para o outro, ameaçou correr e deu um nó no corpo de Amaral, que só se desfez, quando tombou o marcador no chão.

Espetacular.

Diferente do placar, que em 0 x 0, foi apenas suficiente para o Corinthians se classificar para a segunda final de Copa do Brasil consecutiva, quinta no total.

Também na final está o Internacional de Porto Alegre, que visitou o Couto Pereira para a partida contra o Coritiba.

Sem Nilmar, o Inter mostrou que não tem tanta força ofensiva. O atacante fará falta no primeiro jogo contra o Corinthians.

O Coritiba entrou em campo acolhido por sua torcida e disposto a ficar com a vaga. Foi superior ao Colorado, teve as melhores chances, anulou D’Alessandro e Taison, chegou ao primeiro gol e, só não fez o tento da classificação, porque o goleiro Lauro não deixou.

Mesmo perdendo, o Internacional chega à final e prossegue o projeto centenário de vencer todas as competições que disputar na temporada.