Após o “culto” em campo, assistido pelo mundo, conseqüência da conquista da Copa das Confederações, pelo Brasil, a FIFA proibiu manifestações religiosas nos eventos esportivos que organiza.
A medida soou como pecado.
Proibido no futebol é atear as mãos na bola, claro que com a brecha aos arqueiros.
Tolher a fé no futebol é como usurpar o drible do craque.
Ela faz parte da atmosfera do futebol.
Quantos padroeiros são evocados nos jogos?
Ou santinhos beijados lance a lance?
E os olhos fechados que escondem preces escatológicas?
Ou as mãos unidas que espremem a esperança até a última gota?
A sacralização do futebol tem cadeira cativa nos estádios de futebol. A fé, inclusive, pode escorregar ao campo, munida de juízo.
Não sou do time dos que crêem que a FIFA comete atentado à liberdade religiosa. Também não me escalo no grupo que apóia às cegas a decisão da entidade.
Ora, se os críticos apregoam propaganda religiosa, o que dizer de ministros, secretários e outros políticos que posam ao lado de taças; propaganda política?
A verdade é toda financeira. Se as instituições religiosas pagassem um dízimo à entidade, talvez a FIFA colocasse altares no gramado.
Todos têm direito à fé; mas antes, é preciso crer no bom senso, e bom senso não começa com “P” de proibido.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
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