Contrariando a máxima do futebol, a diretoria Verde decidiu trocar o treinador com a equipe no topo da tabela.
Jorginho perdeu apenas uma partida, em sete jogos, e entregou o comando na liderança dividida.
Mas por que saiu?
Saiu porque era interino.
Saiu porque sua corda é ainda fraca.
Saiu porque Muricy Ramalho limpava os pés à porta do Parque Antártica.
Muricy herdou uma fortuna. O caminho das pedras fora traçado. Resta ao tricampeão brasileiro a manutenção, ele que conquistou dois títulos com belas arrancadas.
Haverá espaço, no Palmeiras, à filosofia de Muricy e ao esquema de jogo que agrada o treinador?
Por enquanto, não.
O homem que faz apologias ao trabalho terá de se contentar, a princípio, em manter as mangas caídas e continuar o trabalho iniciado por Luxemburgo e aprimorado por Jorginho.
Talvez seja a receita para não desandar a Academia, a qual só interessa o título nacional.
Claro, o contrário também pode ocorrer. Muricy assume, impõe sua visão de futebol e a equipe continua a vencer e se manter no topo.
Este é o risco; na melhor das hipóteses, a equipe continua onde está. O menor deslize, ocasional ou fruto de qualquer alteração mal digerida, poderá engolir o ex-tricolor.
O novo técnico tem uma tabela inteira a perder e um título a ganhar. Por isso, deve controlar os quinhões de Muricy para não causar uma overdose no Palestra Itália.
Foto: palmeiras.com.br
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