
Nas tribunas do All England Club, a Família Real Inglesa e uma corte de grandes tenistas da história de Wimbledon debruçavam suas atenções à outra realeza.
Na grama, para muitos sagrada, sapateavam Roger Federer e Andy Roddick, pela grande final do Grand Slam mais tradicional da temporada.
Federer estava em casa; pentacampeão de Wimbledon, o suíço galgava o posto de maior de todos os tempos no esporte.
Pelo menos em número de torneios de Grand Slam.
Entre Federer e a aritmética, havia Andy Roddick.
A partida teve início com brilhante exibição de ambos os tenistas. O jogo correu empatado até a marca dos 5 sets. Então, os erros começaram a aparecer; e a sacola de Federer era maior, o tenista se enganou em mais golpes e perdeu por 7/5.
No set posterior não houve ressalvas, mas no momento de encruzilhada, onde tudo parecia estar igual, Federer tratou de ser Federer e, a ele, poucos se assemelham. Jogo empatado em Londres. Parcial de 7(8)/6(6).
Mais um set, novo tie-brake e velho Federer. Com melhor saque, o suíço virou o jogo e ficou a um passo de ser campeão, quebrar recordes e voltar ao topo do ranking.
Um passo difícil de dar.
Enquanto Federer titubeava, Roddick usou 33 minutos para empatar o jogo, 6/3.
O último e decisivo set foi o resumo da partida. Equilíbrio incrível, nervos testados e tostados, bons serviços e 16/14 no placar. Foram 77 aces no total, 50 deles para Federer que, em mais de quatro horas de jogo, tornou-se a majestade do tênis.
É o sexto título, em sete finais seguidas em Wimbledon, do nº 1 do mundo e da história do esporte, autor de 15 torneios de Grand Slam na carreira.
Wimbledon escreveu Federer no mais grandioso trecho da história do tênis.
Foto: guardian.co.uk
Um comentário:
é a maior prova de que o esporte é jeito, e não força
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