Inter volta à liderança na 9ª rodada do Brasileirão

A nona rodada do Brasileirão teve nove jogos, neste final de semana.

Corinthians e Fluminense não entraram em campo; se enfrentam apenas na quarta-feira próxima.

Bom para o alvinegro, que descansa após conquista da Copa do Brasil; ótimo para a detentora dos direitos de transmissão, que não teria o que passar para Rio de Janeiro e São Paulo na quarta de futebol, pois somente a Libertadores prevê jogos no meio de semana.

E o Brasil no Continental é o Cruzeiro, que perdeu em 1 a 0 para o Goiás, no Planalto Central. A Raposa tem indulto para derrotas, enquanto aguarda a final da mais importante competição entre clubes da América.

Semana passada, o Rio Grande do Sul não teve boa sorte no futebol. Grêmio e Internacional saíram derrotados de seus importantes compromissos. No entanto, se alguém esperava doída ressaca, os gaúchos apresentaram rápida assimilação do golpe.

O Tricolor dos pampas descontou toda sua tristeza no Atlético-PR. A goleada de 4 a 1 foi a resposta em campo que o Olímpico precisava para seguir cantando. Já o rubro-negro do Paraná, completa uma mão de derrotas.

O Colorado também atestou sua competência. Fora de casa, fez o 2 a 0 no Náutico. Dois gols de Nilmar, que tardou uma partida em fazer gols. A vitória frente ao fraco Timbu colocou o Inter isolado na liderança do Brasileiro.

Dois pontos atrás está o Atlético-MG. O Galo fraquejou em casa e permitiu o empate ao candidato ao rebaixamento, Botafogo. Apesar de um aparente bom empate fora de casa com o então líder do campeonato, o Glorioso precisa reforçar o elenco para não reforçar a série-B 2010.

O alvinegro carioca só não é o lanterna, por que o Avaí anotou um gol a menos no campeonato e é dono da última colocação na tabela. O Palmeiras de técnico interino voou para Florianópolis e obteve boa vitória. Com dois gols de Obina, que se não é melhor que Eto’o, tem sido mais eficiente que ex-companheiro Keirrison, o Verdão cravou 3 a 0 e a última colocação no G-4.

O paulista da zona oeste está empatado com o Vitória que, em casa, não parou o Flamengo. No duelo rubro-negro, o carioca saiu vencedor e levou importantes três pontos para a Gávea. O baiano perdeu a chance de abocanhar a vice-liderança.

Em toda rodada, apenas um confronto estadual. Santo André e Barueri fizeram o duelo paulista, no sábado. A partida entre as duas equipes ascendentes da segunda divisão terminou no 1 a 1, empate que coloca os clubes entre os que mais igualaram placar nesta edição, junto do Goiás; são cinco empates para cada.

Também no último dia da semana, o Peixe entrou em campo para decidir se pisa na crise ou ainda flerta. O adversário era o Sport, que sob o comando de Leão, não faz campanha condizente com uma equipe que disputou bem a Libertadores, no primeiro semestre.

Na Vila Belmiro, o Santos venceu pelo placar mínimo e congelou a tensão por mais uma semana. Situação estranha para um clube que perdeu apenas dois jogos no campeonato. Seria o fantasma de Muricy e Luxemburgo rondando o vestiário de Wagner Mancini?

O de Luxemburgo talvez, pois é amigo do presidente-dono do Santos.

A sombra de Muricy ainda escurece o Morumbi. O técnico saiu fisicamente do São Paulo, mas depois de três anos vitoriosos no clube, está difícil afastar o fantasma do tri-brasileiro.

Ricardo Gomes tenta colocar nova filosofia, novo esquema tático, mas nada anima o elenco, que parece carregar correntes em campo. O Tricolor foi a Curitiba enfrentar o Coritiba. Além de não fazer gols na terceira pior defesa do Brasil, fora vazado duas vezes.

Sob um aspecto, a derrota foi positiva. Ricardo Gomes pôde perceber que André Dias não deve jogar no sistema 4-4-2. No mano a mano, o zagueiro perde todas. Além de os dois gols do Coritiba terem saído em jogadas em cima de André Dias, o atleta saiu da área para marcar e foi expulso de campo, ao dar uma tesoura.

A incumbência do novo técnico é do tamanho do São Paulo. Terá de curar o vício dos jogadores, dirigentes e torcedores em Muricy, e implantar uma nova proposta de trabalho, tudo durante o campeonato.

Difícil missão.